Fóssil de amonite (Fonte: Blog Tudo Mais Ciências) |
A palavra paleontologia vem do grego palaiós (antigo), óntos (ser) e lógos (estudo), e designa a ciência que estuda todos os seres antigos, seus restos e vestígios, mais conhecidos como fósseis (CASSAB, 2010). Os fósseis são restos de seres vivos ou evidências de suas atividades biológicas preservados em diversos materiais, principalmente em rochas, mas podendo ocorrer também em materiais como gelo, piche, resinas, solos e cavernas (TOMASSI; ALMEIDA, 2011). Entretanto, nem todo resto ou vestígio de organismo pode ser considerado um fóssil, podendo ser considerado recente ou pouco antigo (subfóssil) caso tenha até por volta de 11.000 anos (CASSAB, 2010).
Paleontólogo procurando fósseis em um afloramento de rochas sedimentares (Fonte: Blog Tudo Mais Ciências) |
É também importante não confundir a paleontologia com a arqueologia, pois apesar das duas áreas usarem métodos de trabalho semelhantes, elas têm enfoques distintos. Tradicionalmente a arqueologia se empenha no estudo dos vestígios das civilizações, culturas e sociedades humanas antigas, enquanto a paleontologia estuda toda vida antiga e seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico (TOMASSI; ALMEIDA, 2011).
O tempo geológico é o intervalo que remonta desde a formação da Terra, à cerca de 4,54 bilhões de anos atrás, até os dias atuais, representado na escala do tempo geológico (ANELLI, 2017). Esta escala organiza a história da Terra, utilizando valores temporais desiguais, chamados unidades cronogeológicas (éons, eras, períodos, épocas e idades), os quais marcam as mudanças no meio físico e da vida na Terra, sendo que para definir a dimensão dessas unidades cronológicas os geólogos se utilizam da observação e estudo dos fósseis e das rochas (CARVALHO, 2010).
O período Cambriano, por exemplo, marca o início do éon Fanerozoico (do grego phaneros, que significa evidente, ou seja, vida evidente), o qual é dividido em três grandes eras: a mais antigas delas, a era Paleozoica, a do meio, era Mesozoica, e por fim, a era atual, a Cenozoica.
Referências bibliográficas
ALMEIDA, A. M.; LOPES, M. M. Modelos de Comunicação aplicados aos estudos de públicos de museus. Revista Ciências Humanas, Taubaté, v. 9, n. 2, p. 137–145, 2003.
ANELLI, L. E. O Brasil dos Dinossauros. 1. ed. São Paulo: Marte, 2017. 132 p.
CASSAB, R. C. T. Objetivos e Princípios. In: CARVALHO, I. d. S. (Ed.). Paleontologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2010. cap. Objetivos, p. 3–11.
TOMASSI, H. Z.; ALMEIDA, C. O que é um fóssil? Diferentes conceitos na paleontologia. In: XXII Congresso Brasileiro de Paleontolgia. Natal: Boletim de resumos expandidos, 2011. p. 1–6.
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